Esse assunto é delicado. Imagina que um dia você e alguém se encantaram um com o outro, passaram lindos meses em idílio amoroso mas aí um dos dois desencanta. O outro se comporta mal. Daí o primeiro se comporta mal (pro que o outro espera, não que um ou outro estejam com a razão). E vocês freqüentam o mesmo baile.
Meses se passam (bem, o blog é mulheres no salão, certo?) e você sofre, chora, mas no baile tá lá, bancando a poderosa... e, claro, se desmancha na presença do sujeito. Toda a pose de mulher superior vai embora quando você chama o sujeito pra dançar e ele joga um papinho furado de "ah, não, já tinha prometido dançar essa com fulana". E você, mulher, insiste - pega até mal. Uma hora ele topa um bolerinho pra você não ficar com cara de tacho. O swingão, que é bom, ou o forrozinho, que também é bom, nada. E é pessoal contigo, porque ele dança com qualquer uma mesmo...
Até que um dia você tira ele pra dançar. "Agora não, já tinha prometido dançar essa com fulana" (mentiiiiira... até porque a próxima ele não se dá a decência de te chamar); então você senta. E dança com outro. E com outro. E dança duas seguidas com outro (coisa que o seu ex nunca teve a educação de fazer contigo). E senta mais um pouco. E dança mais um pouco. E no outro baile que você vai, esse sim, você não pára um minuto sentada, vai de forró a salsa o tempo inteiro, sem nem lembrar que o fulano existe. Então você vai embora, se despede do fulano e lembra que ele dançou com todo mundo menos com você - e você, hoje, disse que não repetiria o convite - e só se lembrou disso na hora de dar tchau.
Se ele não se lembrou de tirar a mulher pra quem um dia disse [insira isso, isso e aquilo] pra dançar, ele é um [insira sua ofensa preferida aqui] (e sem educação, porque nem por educação ele se deu ao trabalho). E se ele é um [insira sua ofensa preferida aqui] e mal-educado... sorte a sua, garota, que não precisa mais dele (agradeça, ao menos, que ele te indicou um baile legal e te ensinou duas ou três coisas úteis enquanto estavam juntos) e que finalmente percebeu que ele é um [insira sua ofensa preferida aqui].
E mal-educado.
E dessa vez você não apenas não chorou no travesseiro quando chegou em casa, como se sentiu o máximo de ter, de alguma forma, mandado ele pastar.
Humpf.
...
E nada de arrumar namorado (ou 'coisa que o valha') em baile de novo, oquei? Nun-ca-mais.
* * *
E você? Já passou por saias justas desse tipo? E de outros tipos? Conta pra tia, conta. Mulheres no salão também é papo-mulherzinha, afinal.
sábado, 7 de junho de 2008
Rabo preso no salão
Marcadores:
c) Você no salão!
2 comentários:
Nossa!! Pensei que isso só tinha acontecido comigo. Parece até que fui eu que escrevi. hihihi
Pois é, Gislene! Às vezes dá certo, tem muita gente que se conhece nesse meio e fica junto. Ou muita gente que se conhece nesse meio e termina numa boa. Mas isso de ficar se encontrando e dançando junto depois que não deu certo... nossa, é prolongar tortura.
Agora... uma falta de educação dessas é pra nunca mais olhar pra cara do sujeito, né não?
Postar um comentário