sábado, 7 de junho de 2008

Rabo preso no salão

Esse assunto é delicado. Imagina que um dia você e alguém se encantaram um com o outro, passaram lindos meses em idílio amoroso mas aí um dos dois desencanta. O outro se comporta mal. Daí o primeiro se comporta mal (pro que o outro espera, não que um ou outro estejam com a razão). E vocês freqüentam o mesmo baile.

Meses se passam (bem, o blog é mulheres no salão, certo?) e você sofre, chora, mas no baile tá lá, bancando a poderosa... e, claro, se desmancha na presença do sujeito. Toda a pose de mulher superior vai embora quando você chama o sujeito pra dançar e ele joga um papinho furado de "ah, não, já tinha prometido dançar essa com fulana". E você, mulher, insiste - pega até mal. Uma hora ele topa um bolerinho pra você não ficar com cara de tacho. O swingão, que é bom, ou o forrozinho, que também é bom, nada. E é pessoal contigo, porque ele dança com qualquer uma mesmo...

Até que um dia você tira ele pra dançar. "Agora não, já tinha prometido dançar essa com fulana" (mentiiiiira... até porque a próxima ele não se dá a decência de te chamar); então você senta. E dança com outro. E com outro. E dança duas seguidas com outro (coisa que o seu ex nunca teve a educação de fazer contigo). E senta mais um pouco. E dança mais um pouco. E no outro baile que você vai, esse sim, você não pára um minuto sentada, vai de forró a salsa o tempo inteiro, sem nem lembrar que o fulano existe. Então você vai embora, se despede do fulano e lembra que ele dançou com todo mundo menos com você - e você, hoje, disse que não repetiria o convite - e só se lembrou disso na hora de dar tchau.

Se ele não se lembrou de tirar a mulher pra quem um dia disse [insira isso, isso e aquilo] pra dançar, ele é um [insira sua ofensa preferida aqui] (e sem educação, porque nem por educação ele se deu ao trabalho). E se ele é um [insira sua ofensa preferida aqui] e mal-educado... sorte a sua, garota, que não precisa mais dele (agradeça, ao menos, que ele te indicou um baile legal e te ensinou duas ou três coisas úteis enquanto estavam juntos) e que finalmente percebeu que ele é um [insira sua ofensa preferida aqui].

E mal-educado.

E dessa vez você não apenas não chorou no travesseiro quando chegou em casa, como se sentiu o máximo de ter, de alguma forma, mandado ele pastar.

Humpf.

...

E nada de arrumar namorado (ou 'coisa que o valha') em baile de novo, oquei? Nun-ca-mais.

* * *

E você? Já passou por saias justas desse tipo? E de outros tipos? Conta pra tia, conta. Mulheres no salão também é papo-mulherzinha, afinal.

2 comentários:

Gislene disse...

Nossa!! Pensei que isso só tinha acontecido comigo. Parece até que fui eu que escrevi. hihihi

Anônimo disse...

Pois é, Gislene! Às vezes dá certo, tem muita gente que se conhece nesse meio e fica junto. Ou muita gente que se conhece nesse meio e termina numa boa. Mas isso de ficar se encontrando e dançando junto depois que não deu certo... nossa, é prolongar tortura.

Agora... uma falta de educação dessas é pra nunca mais olhar pra cara do sujeito, né não?

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