Anteontem fui parar no baile de uma conhecida academia aqui da Zona Sul do Rio de Janeiro. Gostei bastante: fui sozinha e, de cara, encontrei um colega de turma que também freqüenta o local. Mas acho que o mais legal de tudo, além da proporção quase 50-50 de cavalheiros e damas, é que bailes de academias em dias de semana tendem a contar com a presença dos alunos que já estão lá fazendo aula.
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Então o pessoal está na seca pra botar em prática o que aprendeu nas aulas, então acontece aquela coisa ótima, que é gente tirando gente pra dançar o tempo inteiro. Ninguém vai pra fazer social, vai pra dançar mesmo. Ótimo clima.
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Uma vez um amigão meu perguntou sobre como é dançar com gente que dança menos do que eu (atenção, aqui não é a Adriana falando, é a Lia - que está longe de ser uma boa dançarina). A resposta, na lata, foi algo como ser cansativo dançar com alguém que dança mal, e todas as dicas e toques que recebo dançando eu não poderia dar, já que não sou professora de dança e não tenho a menor moral para ajudar a melhorar a dança do cara.
Depois pensei, pensei bem, e me dei conta de que eu nunca tinha dançado com alguém que dança 'pior' do que eu: os bailes que freqüento têm gente que dança há muito mais tempo e muito melhor, e são sempre eles que me ajudam muito no que fazer. Quando danço com alguém que dança 'menos bem' do que eu, geralmente é algum amigo aprendendo, e é claro que eu tenho a maior paciência para explicar alguma coisa que porventura eu saiba mais, e fico muito feliz de ajudar a melhorar a dança do cara. A tal resposta na lata foi baseada em um único sujeito que freqüenta os bailes e, bem, esse já me tirou a paciência várias vezes, justamente porque não ouve - não ouve a música e não me ouve, ou por eu não ter moral nem tempo de dança suficiente pra ensinar alguma coisa, ou por já ter criado milhões de vícios de quem dança há anos (mas nunca exatamente aprendeu a curtir aquilo).
Neste baile foi diferente. Vários alunos da academia dispostos a uma troca de experiências dançantes, num clima de diversão e prática, e foi perfeito. Um não sossegou enquanto não conseguiu me fazer entender a infame tirada de perna do samba, deu a dica do tempo e tudo o mais e eu, crente que tinha sido um fiasco, fui chamada pra dançar novamente, e outros ritmos. A troca? Eu era o retrovisor dele pelo salão. O outro me induzia ao movimento, geralmente o básico - o que é ótimo pra treinar, principalmente no meu caso, que ainda preciso treinar muito pra me considerar boa - e cabia a mim a tarefa de manter o tempo e fazê-lo manter o tempo. E ele estava aberto a isso, e eu estava aberta a erros meus e dele, e foi tudo muito divertido. Você se sente útil, e se os dois estão de bom-humor, as risadas nos tropeços são inevitáveis.
Acho legal que o pessoal já avisa que é iniciante, e isso já muda a expectativa de quem está dançando. Normalmente, faço isso, aviso logo, e cabe ao rapaz saber - ou não - até que ponto ir comigo. Dancei com um guri iniciante, que avisou que era iniciante, e de fato ele ficava no básico o tempo todo. Mas um estilo de corpo tão interessante, e uma noção de ritmo tão sólida, que acho que esse guri tem futuro. Deu o maior orgulho de dançar com ele.
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Depois fui pro forró no andar debaixo. Mas isso é assunto pra outro texto: como enganar bem.
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Voltarei a esse baile sexta que vem, é certo!
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E você? Qual a tua sensação dançando com gente realmente iniciante? É uma experiência legal, ou você não tem paciência? Te frustra não poder fazer toda a gama de movimentos que você sabe, ou te anima saber que é responsável por melhorar a dança de alguém? Tem momentos e momentos, ou sempre é assim? Contemta aqui que a gente quer saber!
domingo, 11 de maio de 2008
Dançando com iniciantes
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c) Você no salão!
Um comentário:
Desculpe a minha indiscrição mas, qual era o baile?
[:p]
Muito prazer, e parabéns pelo blog.
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