quarta-feira, 12 de março de 2008

Dia internacional da mulher - Mullheres no salão

Às vésperas do dia internacional da mulher ponho-me a analisar a posição que a mulher contemporânea ocupa no universo da dança de salão.



Mulheres no salão


Dama, dançarina, partiner, professora, aluna ─ MULHER ─ Com seus desejos, sua timidez, seus objetivos profissionais, seus medos, seus segredos...Sentimentos vários.Todas vivendo o mesmo conflito de qualquer mulher contemporânea!
O que queremos conquistar? O que já conquistamos? O que perdemos com a nossa conquista? Quantas perguntas...
Às vezes me parece que estamos meio perdidas – ou perdidos – porque os homens também estão tentando se adaptar à esta NOVA MULHER! É assim lá fora e é assim no salão!
Como é difícil ser cada uma na hora certa. Ser dama quando ele quer ser cavalheiro: deixar-se conduzir...Entregar-se...E de repente, quando nos condicionamos a sermos “levadas”, percebemos que eles estão exigindo mais de nós! Então não basta deixar-se levar. Temos que conhecer o caminho e nesse caminho, mostrar nossas habilidades de dançarina: com nossos enfeites, floreios, adornos, seja o nome que quiserem chamar!

Sim, esse é o novo modelo da mulher do salão moderna!

O que conquistamos?!! A nossa identidade! O direito de mostrar o que sabemos e não somente acompanhar o cavalheiro. Os homens não querem mais ser responsáveis por tudo, querem também dividir a dança com a mulher. É uma parceria - UMA TROCA. Ele assume o comando, diz qual o caminho, nós o acompanhamos e o surpreendemos com algum adorno. De vez em quando induzimos algo, sem perder a idéia de que o comando é dele!
Isso é bom! É o jogo ─ um espera algo do outro. A dança fica interessante!

Hoje nosso espaço é diferente. Convidamos o cavalheiro para dançar, dançamos de cavalheiro com outra mulher, podemos pagar um “personal dancing”, estar à frente de uma turma, administrar uma academia.

É claro que ainda precisamos romper com preconceitos, provar nossa competência profissional, nosso valor como partiner...Precisamos ainda lembrar que temos NOME!

Mas com tudo isso, no fundo, queremos nos sentir MULHER!

Colocar uma roupa escolhida com cuidado, sapato especial, o cabelo, a maquiagem, o perfume...Tudo preparado para o momento do salão...E aí termos a certeza, de que, ao sentarmos à mesa, em algum momento, um cavalheiro virá em nossa direção e gentilmente nos convidará para dançar.

Adriana Aguiar

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